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segunda-feira, 18 de abril de 2011

"Balu" O Einstein do Flatland Por: "Clóvison"

SÉRGIO “BALU”:
O EINSTEIN BRASILEIRO DO BMX FREESTYLE

             Nos anos 80 surgiu o BMX Freestyle, ou bicicross estilo livre, uma mistura de esporte e arte onde o que contam são as manobras nas bicicletas pequenas, aro 20.  Ele nasceu como irmão das corridas em terra (o bicicross tradicional), praticado por garotos que queriam aprontar, fazer bonito, em saltos cheios de estilos ou em movimentos especiais no solo, como empinadas, pulinhos e outras acrobacias...
              Este esporte-arte nasceu no exterior, apenas especialistas em ciclismo ou em esportes e habilidades humanas, além dos próprios pilotos, têm a consciência exata do quão desafiante é o aprendizado dos movimentos, e do quão deslumbrante é extrapolar os próprios limites fazendo movimentos “impossíveis” após absurdo, exaustivo, demasiados treino e dedicação.
               Nas modalidades de rampa há muita necessidade de técnica, mas há também coragem.  Já a modalidade solo (Flat) é pura técnica, e a coragem significa estar disposto a treinar muitas horas por dia, por muitos anos, para atingir um nível, digamos, “mais ou menos”.  Os melhores do mundo na modalidade treinam por décadas e muitas, muitas horas mais por dia...
              Pois bem.  No início dos anos 90, quando eu ainda era um dos melhores do país na visão técnica da modalidade, surgiu um garoto brasileiro aparentemente pobre que veio para revolucionar, mudar e elevar a um nível estratosférico o BMX Freestyle no mundo inteiro: Sérgio Ricardo, o BALU, do Guarujá (SP).
              É preciso primeiro explicar: o grande barato da modalidade, no início, era que as bicicletas tinham uma peça chamada rotor (a minha, antiga, ainda tem), que permitia girar o guidão das bikes sem embaraçar os cabos dos freios, possibilitando as manobras de girar o guidão e mantendo os freios para ajudar no equilíbrio da bike...
Em 1994, salvo engano, vi o BALU pela primeira vez em Londrina, onde fomos competir.  Na época achamos muito estranho algo que ele tinha feito...  Até hoje não sei se é porque ele era pobre e não tinha dinheiro para comprar o tal rotor, o fato é que ele fez algo surpreendente, que parecia, por um lado idiotice, mas por outro colocava todos os outros pilotos do mundo em cheque-mate: o BALU tirou os freios da bicicleta!
Ora, tirar os freios tornaria as manobras “impossíveis”, parecia mesmo uma tolice!  A questão é que um tal gênio Albert Einstein, que tinha dito “quanto mais acredito na ciência, mais acredito em Deus”, também já dissera: “algo só é impossível até que alguém duvide ou prove o contrário”.  Talvez por um instinto nato de superação e por um ideal desbravador encontrado apenas nos líderes dos líderes, BALU tinha percebido o que Einstein e outros sábios sugeriam: que é possível fazer da pobreza, riqueza, e que mais rico não é quem mais tem, mas quem menos precisa...
Foi assim com o BALU: se por um lado parecia tolice - tornar a modalidade muito mais difícil - por outro lado, seu corpo, mente e a alma já vivenciavam essa que desde sempre fora e viria eternamente a ser a exata essência dos esportes radicais: quanto mais difícil, melhor!
Sérgio Ricardo, o BALU, foi precursor mundial de todas essas bicicletas sem freios que agora você vê pela rua, ou que vê usadas nos vídeos por todos os melhores do mundo no BMX.
 Na Verdade, metafísica e realidade se encontram: Einstein e BALU.  Einstein disse: “a vida é como andar de bicicleta, se você parar de pedalar, você cai”, BALU fez: sem freios, com mais rapidez e agilidade, sem parar, a bicicleta tem sempre que continuar de pé, e a vida, com o movimento e energia, eterniza-se; Einstein disse: “na dificuldade está a oportunidade”, BALU fez: o humilde piloto brasileiro, com a pior bicicleta e as piores condições, realizou a mais extraordinária superação pessoal, é hoje o melhor da América Latina, e um dos melhores do mundo.
Fazer coisas incríveis é para poucos...
Fazer-se incrível, é para muito, muito poucos!!!
BALU: você é incrível!
Clóvison – CLOVIN / Saúde & Equilíbrio

4 comentários:

  1. Clovin, concordo em numero ,genero e grau, com suas palavras, me lembro de ter visto o Balu, em 1996 e ele jogou inacrediotaveis "2 whiplashs " csem freio na minha frente, onde eu simplesmente NAO ACREDITEI, PARABENS BALU, O FLAT NACIONAL DEVE MUITO A VC, AO CLEYBOM, ENTRE OUTROS...

    LUCIANO PINGUIM

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  2. sem palavras,quando comecei a andar so escutava ,em falar do balu,claybom,neston ,pig e outros,me perguntava quem é esse tal de balu ..quando ele foi pro mundial,que fui conhecer e ter uma admiraçao,pela pessoa humilde que ele é e por ir la fora representar o flatland brasileiro,devemos muito a ele ,por o que ele fez ,que ele faz,e ainda vai fazer!!!ai vai minhas admiraçao!!!!!abrssss

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  3. É isso aí, pessoal: valorizar nossos talentos é nos valorizar!!! Nós brasileiros e em especial flatlanders, superando-nos a cada dia, temos que ter orgulho de nós, da nossa criatividade, manobras originais (como o Bar Foot do Lísias) e tudo o mais de bom que temos e que SOMOS! Conheçam meu trabalho no site www.clovison.com. Abraço - CLOVIN e XUXU - M.G.

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